por Juliana Sada
Diante da recente demissão de 150 funcionários da TV Cultura e das profundas mudanças pelas quais a emissora paulista está passando, a Frentex (Frente Paulista pelo Direito à Comunicação e Liberdade de Expressão) lançou uma nota repudiando o comportamento da atual gestão.
O texto denuncia a intenção do governo estadual de desmontar a TV Cultura e faz defesa da importância de manutenção e valorização da emissora pública.
Na próxima segunda-feira, a Frentex realizará um debate sobre a situação da TV Cultura com o objetivo de ampliar a discussão e articular as entidades para lutar em defesa da emissora. O convite é aberto a todas as organizações!
Abaixo reproduzimos a chamada da Frentex e também a nota de repúdio.
Vamos defender a RTV Cultura!
A Frente Paulista pelo Direito à Comunicação e Liberdade de Expressão realizará na próxima segunda-feira (21/02), às 19 horas na sede do sindicato dos Jornalistas, uma discussão sobre o desmonte da RTV Cultura de São Paulo e levantar propostas dos movimentos sociais para resgatar a TV pública estadual.
Mobilize sua entidade e venha participar deste importante movimento para salvar a RTV Cultura.
Veja a Nota da Frentex:
Frente Paulista pelo Direito à Comunicação e Liberdade de Expressão (Frentex) divulga nota repudiando o desmonte da RTV Cultura
A Frente Paulista pelo Direito à Comunicação e Liberdade de Expressão (Frentex) vem a público repudiar o desmonte da RTV Cultura promovido pelo governador do Estado de São Paulo.
A notícia das 150 demissões ocorridas na RTV Cultura de São Paulo na última segunda-feira, dia 7, só confirma a intenção do PSDB de desmonte da única emissora pública paulista, que faz parte do patrimônio do povo.
A emissora enfrenta uma das maiores crises de sua história. Já foi amplamente divulgado na mídia que o projeto da atual gestão da Fundação Padre Anchieta, ligada diretamente ao governo de São Paulo, é reduzir o quadro de funcionários e efetuar corte de verbas em algumas de suas produções. Com isso, pretendem economizar as custas dos empregos e da qualidade da programação da emissora, alterando inclusive o papel social da Fundação, gestora da TV Cultura.
Para honrar o Estado democrático que conquistamos após anos de arbítrio, é necessário que a TV Cultura propicie programação de qualidade, jornalismo independente e ético, participação da sociedade em seu Conselho Administrativo e condições de trabalho dignas a todos os funcionários.
O estado de São Paulo não pode ser mero espectador no processo de avanço da democratização dos meios de comunicação que está sendo discutido em nível nacional, ideia que se fortaleceu mais ainda após a realização da 1ª Conferência Nacional de Comunicação, da qual o movimento social paulista teve grande representação, apesar do boicote promovido pelo governo do Estado.
Nesse sentido, defendemos um amplo debate sobre o papel da TV Pública no Estado de São Paulo para que ela continue sendo um instrumento de fortalecimento dos valores e costumes do povo, que tenha diversidade de ideias e de opiniões e ajude no fortalecimento de nossa democracia.
São Paulo, 10 de fevereiro de 2011.
Entidades que assinam a nota:
Aliança Internacional de Jornalistas – Núcleo SP
Campanha pela Ética na TV
Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé
Cidadania e Saúde
Ciranda da Informação Independente
Coletivo Intervozes
Conselho Regional de Psicologia de São Paulo
Coordenação Nacional de Entidades Negras/Conen-SP
CTB-SP
CUT-SP
Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa – FJLP
Grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo
Instituto CUCA da UNE
Movimento Sindicato é pra Lutar
Observatório da Mulher
Revista Debate Socialista
Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo
Sindicato dos Radialistas do Estado de São Paulo
Sinergia CUT (Sindicato dos Trabalhadores Energéticos do Estado de SP)
União Brasileira de Mulheres
União Estadual dos Estudantes
União de Mulheres de São Paulo
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