Fraternidade

Acredito que esse texto não só soará piegas como será piegas. Cabe ao leitor escolher lê-lo ou não. O aviso já foi dado.
Penso que algumas vezes nós, eu como estudante iniciante dentro do marxismo ou mesmo pessoas há mais tempo na luta, esquecemos um ponto fundamental batalha pela criação de um mundo mais igualitário. A mudança social é importante, a luta contra a desigualdade é necessária, mas nada disso existirá em qualquer momento sem uma fraternidade extrema, sentimento esse dirigido às pessoas e mesmo aos nossos companheiros.
Sendo bastante romântico, acredito que nós apenas lutamos por uma mistura de amor e ódio. Amor pelo próximo e ódio por um sistema que visa a exploração do próximo. A revolução deve acontecer, mas ela não se sustentará em uma mudança social apenas, mas sim em uma base sólida constituída de amor.
Uma vez, há uns anos atrás, eu assisti uma reportagem em que a entrevistadora estava fazendo algumas perguntas ao O Rappa. Ao ela perguntar porquê a banda não compunha músicas de amor, o Marcelo Yuka - se não me engano, mas acho que foi ele sim - respondeu que todas as músicas deles são de amor. Esse é o ponto.
Um dos fatores que fazem com que o Capitalismo permaneça hegemônico é justamente a segregação, a individualidade exacerbada e a coisificação de tudo, inclusive pessoas. Esse é um alvo chave para nós. Como socialistas, devemos não só lutar por um regime social mas justo, mas mostrar o porquê de fazermos isso, o quê dá base para esse edifício, que em grande parte é a Fraternidade.


Vicente
Estudante de Letras PUCRS
Movimento Contestação RS

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