“Bota na conta dos alunos!” Sobre a baixa do preço do R.E.!


Graças ao trabalho do DCE na pressão, formulação de documentos e infindáveis negociações desde antes das férias, foi afirmado em reunião pelo o Sr. Manoel Bremer no dia 22 de Agosto, que o valor das refeições que a partir do dia 01 de Setembro o valor seria de R$ 7.00, podendo sofrer mais uma redução até o final do ano. E eis que o resultado aparece!
Mas isso é o suficiente? Não, queremos mais!
Quando se ingressa em uma universidade calculam-se todos os gastos, aperta-se um pouco algumas contas, tenta-se ao máximo economizar para que assim se tenha um mês sem nenhum susto financeiro. O aluno de uma universidade pública tem que ou deveria ter uma grande parte dos seus gastos subsidiados pela universidade, por exemplo: ônibus, alimentação, gastos com livros, etc. Entretanto aqui na UFPel, a administração não segue esse pensamento. Toda e qualquer forma de auxílio extra ao estudante é comandado por conselhos e Pró Reitoria de Assuntos Estudantis. Vejamos o caso do nosso Restaurante Escola: por que a UFPel têm um Restaurante Escola enquanto que as outras Universidades Federais da região têm um Restaurante Universitário?
Aqui o projeto inicial do R.E visava uma forma autônoma de gestão, com o auxílio dos cursos afins, incluindo participação discente, tais como Nutrição, Química de alimentos e o novo curso de Gastronomia, sendo assim o Restaurante Escola da UFPel, cuja a gerência pertence a Sra. Moema Zambiazi, apesar de receber dinheiro direito da administração central da universidade, possui suas contas finais desvinculadas da mesma. As suas finanças positivas são basicamente duas: o PNAES (Programa Nacional de Assistência Estudantil) que paga as refeições feitas pelos alunos que recebem os programas de auxílios, e os alunos pagantes, que realizam o pagamento no ato da sua refeição.
Já os gastos são muito mais complexos, existindo os básicos que vão de produtos de limpeza, folhas de pagamentos, até os mais recorrentes que são os alimentos in natura , comprados diretamente dos fornecedores.
Uma semana antes das férias o DCE realizou um estudo com as informações dos dias 4, 5 e 6 de Julho para uma apresentação  em uma reunião com o vice reitor da UFPel Sr. Manoel Brenner. A metodologia desse trabalho se baseou em três perfis estabelecidos conforme o valor das alimentações pagas. Foram realizadas médias para se chegar a valores base, chegando a um valor universal médio estimado em R$ 3,18 por refeição. Estendido por uma semana o valor observado seria para as mulheres de R$ 10 a 19 e para os homens de R$ 13 a 22 por semana. Isso realizando apenas uma refeição. Totalizando almoço e jantar durante um mês, esse aluno na média universal da UFPel gasta R$ 127,11, sem contar os finais de semana em que o restaurante não funciona para os pagantes.
Tabela de valores por refeição >
Formulando comparativas, mostramos o quanto em porcentagem é mais barato almoçar ou jantar na UFSM, UFRGS e UFPR. Uma refeição na UFSM custa R$2,50 livre, sendo assim é 21,33% mais barato almoçar ou jantar nessa instituição do que na UFPel, na UFRGS a porcentagem é de 59,09% onde a refeição custa R$1,30, mesmo número esse encontrado no UFPR onde o valor é o mesmo.
Depois de apresentada a tabela ao vice reitor, perguntamos sobre a vaga discente no Comitê Gestor do Restaurante Escola, onde ele é o presidente. O Sr. Manoel nos disse que ele retirou a vaga dos alunos como de vários outros porque as reuniões não estavam sendo satisfatórias por inúmeros motivos, tais como faltas, problemas em execução de projeto entre outras coisas. Defendemos a importância de alunos nesse comitê, sendo uma boa ponte entre quem administra e quem utiliza realmente o serviço. Ele nos disse que iria levar ao comitê que iria ter uma reunião em Julho, mas ate a presente data não tivemos resposta. Essa reunião não se realizou e ficou marcada outra com essas mesmas pautas para o dia 26 de Agosto.
O valor atual(agora antigo) de R$ 8,00 é muito oneroso para os alunos! Tivemos um aumento de R$ 2,00 em seis meses! E o vice reitor disse que o valor do quilo poderia chegar a R$ 9 ou 9,50 ainda, se o comitê achar conveniente. Essa foi a nossa grande discussão com ele. Queremos retomar a vaga no comitê para levar a realidade estudantil até lá. Não podemos continuar na situação onde todos os gastos têm que serem pagos pelos alunos. Além de muitos casos de falta de infraestrutura, professores, etc, ainda temos que pagar pela tão vangloriosa qualidade que o vice reitor tanto fala a custo de os estudantes não conseguirem mais pagar a refeição.
Existem duas medidas para baixar o valor do restaurante. Uma é a compra de todos os insumos ser feita por pregão, que seria mais barato, no entanto demoraria um pouco mais do que a compra direta com o fornecedor. Outro problema, apresentado pela gerente do R.E, é que pelo pregão a qualidade do produto pode variar muito por causa da compra em grande quantidade. A outra medida, que no nosso ver seria a melhor, é a reestatização o R.E, onde ele passaria a ser de inteira responsabilidade e custeada pela administração da UFPel, entretanto ainda não tivemos nenhum posicionamento concreto da vice reitoria.
O que não pode é esse valor ser aumentado abusivamente pelo simples fato do restaurante não conseguir se manter nas atuais condições. Se tudo o que a universidade gerir tiver que ser pago pelos alunos, qual será a diferença da UFPel para uma universidade particular? O ingresso na Universidade Pública, a vaga na UFPel, foram conquistas! A Universidade e a administração devem levar em conta não só os outros gastos, mas também o seu papel social! Precisamos de um restaurante universitário que atenda o seu real propósito social!
Essa foi uma grande conquista do nosso DCE, não vamos parar por aqui, queremos um Restaurante Universitário e ainda um valor abaixo de R$ 6.00.

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