RIO - Dois protestos chamaram atenção durante a visita do presidente dos EUA, Barack Obama, ao Rio. Na manhã de domingo, cerca de 15 manifestantes ficaram em frente ao hotel onde Obama estava hospedado, em Copacabana, lembrando as 154 pessoas que morreram no acidente do voo 1907 da Gol, que se chocou com um jato Legacy, da empresa táxi aéreo americana ExcelAire, a caminho de Manaus, em 2006. À tarde, uma manifestação organizada por 11 entidades, entre as quais o Movimento dos Sem Terra, o Sindicato dos Petroleiros e o Conlutas, reuniu cerca de 400 pessoas em protesto contra a visita oficial de Obama.
Os dois protestos foram pacíficos e, no caso da manifestação em favor das vítimas do Legacy, parentes e amigos pediram a demissão dos pilotos americanos Joseph Lepore e Jan Paladino, envolvidos diretamente no acidente que não sofreram punição e foram tratados como heróis ao voltar para casa. Na ocasião, os americanos trafegavam com o Transponder desligado.
- Eles estavam voando na rota errada, zombando do manual, não conheciam a aeronave. É o mesmo que dirigir um veículo que você não conhece. Nosso protesto visa sensibilizar as autoridades quanto ao desrespeito às famílias que perderam pessoas na tragédia - disse Carlos Rogério Mendes, pai de Marina Mendes, de 24 anos, que morreu no acidente.
À tarde, depois de passar pelo Largo do Machado e pela Glória, o protesto terminou na Rua do Passeio quando os manifestantes encontraram uma barreira da Polícia Militar.
De acordo com o comandante do Batalhão de Choque, Waldyr Soares Filho, o manifestantes não puderam seguir por conta do perímetro de segurança que foi montado em torno da Cinelândia.
No início da noite de sexta-feira, manifestantes fizeram um protesto em frente ao Consulado Americano, no Centro do Rio. Segundo a Polícia Civil, eles jogaram um coquetel molotov contra o prédio e um vigilante foi ferido, mas passa bem. Doze manifestantes foram detidos.
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