Estudantes chegaram a se acorrentar, no Paço Municipal, no início da tarde
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| Grupo se concentrou em frente à Prefeitura, nesta quarta-feira |
Mesmo recebidos pela Prefeitura da Capital, no início da tarde, estudantes que protestaram contra o reajuste da passagem de ônibus, em vigor desde a meia noite desta quarta-feira, não descartaram seguir se manifestando, até reverter a situação. Em frente à sede da Prefeitura, cerca de 200 ativistas ligados a sindicatos e à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) contestaram a rapidez com que o aumento de 10,2% na tarifa - que passou de R$ 2,45 para R$ 2,70 - foi sancionado pelo prefeito José Fortunati. Seis deles chegaram a se acorrentar no saguão de entrada da Prefeitura, por cerca de 90 minutos, até serem recebidos pelo secretário em exercício da Governança, Marcos Botelho.
Cerca de 50 policiais militares acompanharam a manifestação. Um dos organizadores do ato, o vereador Pedro Ruas (PSol) disse que o aumento da tarifa na Capital é "um jogo de cartas marcadas". Também no início da tarde, um grupo não identificado ateou fogo a pneus, dentro do Túnel da Conceição, deixando em pânico motoristas que ainda tentaram voltar na contramão. O grupo em frente à Prefeitura, porém, negou relação com o ocorrido.
A caminhada partiu da avenida Júlio de Castilhos, nas imediações da Estação Rodoviária, e seguiu pela avenida Mauá até a sede do Paço Municipal. O grupo insiste que, que em dez anos, a passagem em Porto Alegre subiu cinco vezes mais que a inflação. O reajuste relâmpagou causou transtorno a parte dos passageiros, no início da manhã. Trabalhadores foram pegos de surpresa ao passarem nas roletas dos coletivos tendo que pagar 25 centavos a mais que nos deslocamentos de ontem.
Com o reajuste, Porto Alegre passou a ter a terceira maior tarifa de ônibus entre as capitais brasileiras, atrás de São Paulo (R$ 3) e de Florianópolis (R$ 2,95, para pagamento em dinheiro).
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