Número de mulheres assassinadas no Ceará aumenta 12,5%

Eliana Gomes comenta dados sobre a Violência contra a mulher

O Jornal Diário do Nordeste Publicou nessa segunda (10/01) matéria sobre o balanço da violência contra a mulher no Ceará, intitulada “153 mulheres mortas em 2010″. De acordo com os dados coletados , o número de mulheres assassinadas aumentou em 12,5%  comparado ao ano de 2009.
Segundo Eliana, as mulheres estão denunciando mais, porém, o gargalo principal ainda é na estrutura de atendimento. “Não podemos aceitar que em Fortaleza exista apenas uma delegacia em situação precária e que os funcionários levam adiante por competência e seriedade, mas eles precisam de recursos para trabalhar”, desabafou.
Ampliar a Rede de Enfrentamento


Em 2010, a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Mulher, da Criança e do Adolescente realizou visitas ao Juizado da Mulher e Delegacia da Mulher para verificar a estrutura de atendimento. O relatório foi apresentado na audiência pública que debateu a importância do dia 25 de novembro, dia Internacional de Enfretamento à Violência Contra a Mulher. O produto final das impressões da comissão servirá de subsídio para cobrar do Poder Público maior atenção ao combate à violência.

Para Eliana Gomes, as informações publicadas pelo Diário do Nordeste são importantes porque reforçam o que a Frente havia denunciado no ano passado. “A luta pela eliminação dessa violência passa pela melhoria da estrutura, criando um pólo integrado de atendimento que facilite a vida das mulheres que vão denunciar, assim como o aumento da estrutura para solucionar com agilidade os processos”, avaliou.
Unificar para combater a violência


A vereadora acredita que para reduzir os índices de violências é necessário um trabalho unificado com as Secretarias de Segurança, Justiça, a Defensoria Pública, parlamento e a sociedade civil. “Nesse cenário é preciso abrir os espaços de discussão em Fortaleza. Era pra existir o Conselho da Mulher, sendo ele, uma garantia a mais para cobrar a efetivação das políticas públicas. Não dá pra ficar somente diagnosticando a violência, temos que combatê-la”.

Eliana relata que a Frente Parlamentar solicitou, em 2010, uma audiência com o Secretário de Segurança, Roberto Monteiro, para debater tal situação, mas não houve retorno positivo. “Espero que o atual Secretário coloque na sua pauta de gestão o enfretamento emergencial à violência contra a mulher, dialogando com o movimento e recebendo os parlamentares para enfrentarmos, juntos, a situação”.

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