À rede globo, general do exército faz "revelações" sobre a ditadura militar-civl de 1964

Texto sobre a rede globo e sua iniciativa em dar voz aos comandantes deste passado "que não passa" - como nota-se na entrevista, repasso palavras da própria rede globo: http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/0,27723,5270-p-21891,00.html

Segue um trecho:

Afirma-se, com freqüência, que o crescimento da Rede Globo de Televisão se deu graças à sua estreita ligação com o regime implantado em março de 1964. O Globo, de fato, apoiou o movimento militar. Mas esta não foi uma posição exclusiva do jornal. Havia, naquele momento, um posicionamento amplamente majoritário contra o chamado nacional-populismo de João Goulart. Com exceção da Última Hora, todos os principais órgãos de informação do país apoiaram o golpe. Depois de instaurado o primeiro governo, alguns periódicos passaram para a oposição. Roberto Marinho seguiu dando apoio aos militares. Ele acreditava na vocação democrática do presidente Castello Branco e na eficácia da política econômica desenvolvida por Roberto Campos e Octavio Gouvêa de Bulhões.

O presidente das Organizações Globo nunca negou sua simpatia em relação ao regime. Em 7 de outubro de 1984, no editorial “O Julgamento da Revolução” , publicado na primeira página de O Globo, fez um balanço da atuação de seu jornal durante os anos de autoritarismo. Afirma que o jornal teve conflitos com “aqueles que pretenderam assumir o processo revolucionário, esquecendo-se de que os acontecimentos se iniciaram, como reconheceu o marechal Costa e Silva, ‘por exigência do povo brasileiro’. Sem povo, não haveria revolução, mas apenas um ‘pronunciamento’ ou ‘golpe’, com o qual não estaríamos solidários”. Depois de relacionar os méritos econômicos do regime, o editorial diz textualmente: “Dessa maneira, acima do progresso material, delineava-se o objetivo supremo da preservação dos princípios éticos e do restabelecimento do Estado de Direito”.
Em seguida, o editorial celebra o fim do AI5, do decreto-lei 477, de todos os atos institucionais; destaca a importância do fim da censura, do fim do poder do presidente de fechar o congresso, de cassar políticos, de confiscar bens e de demitir funcionários. Por último, comemora o fim da pena de banimento, de prisão perpétua e de morte. Em 1988, em entrevista à Folha de S. Paulo, Roberto Marinho admitiu ter apoiado a “ação construtiva” desses governos, mas disse que “fez questão de não obter favores”.

Veja mais, entrevista completa:

http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1565307-17665,00-GENERAL+NEWTON+CRUZ+REVELA+MOMENTOS+DRAMATICOS+DO+REGIME+MILITAR.html

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