Tese para o V CONEUFRGS - Congresso de Estudantes UFRGS

Confira a nossa Tese para o Congresso de Estudantes da UFRGS, que acontecerá dia 30/09 e 1/10:

Levante-se e Conteste você também, assina essa tese conosco!!
Mande o seu nome completo, curso e Universidade que no dia 30/09, ao entregarmos a versão impressa, teu nome vai estar com o Movimento Contestação construindo uma UFRGS melhor!





Contribuição do Movimento Contestação/Coletivo Nacional Levante


Quem somos?
Somos jovens e construímos o Mov. Contestação/Coletivo Nacional Levante! Queremos transformar o tédio em melodia, não aceitamos preconceitos e discriminações. Lutamos por democracia, pluralidade e diversidade na educação brasileira. Uma educação que combata nossa cultura machista, a homofobia e o racismo e contribua para libertar e conscientizar. Que se oponha a qualquer hierarquia, o autoritarismo do mérito, a hipocrisia dos títulos. Uma universidade para todos e todas, de forma igualitária. Fazemos esse chamado a tod@s que, como nós, não aceitam as injustiças impostas pelo sistema capitalista, então:levante-se e conteste você também!


1) Democracia
Juventude pelo mundo
A sociedade elitizada que nos oprime aqui no Brasil oprime milhões de pessoas pelo planeta. Os jovens acabam sofrendo as conseqüências da opressão com bastante intensidade. A juventude do mundo está se levantando e conseguindo junto aos trabalhadores vitórias importantes. A primavera árabe foi uma relevante onda revolucionária, com manifestações e protestos que derrubaram ditaduras e mudaram os rumos da região. 
Democracia real já, tod@s para o dia 15/10!
Em 15 de maio, os jovens “indignados” na Espanha levantaram-se contra os graves efeitos da crise mundial no país: forte desemprego, estouro súbito da borbulha imobiliária, além de muitos casos de corrupção política. Através de um movimento plural que surgiu de forma espontânea, e cresceu pelas redes sociais, centenas de jovens e trabalhadores acamparam juntos na praça Puerta del Sol, numa só voz, contestando e exigindo mudanças imediatas. Seguindo o seu exemplo, fazemos um chamado a tod@s“indignados” brasileiros que sonham com um futuro diferente a realizar esta mudança já. O DCE daUFRGS deve organizar junto aos estudantes esse acampamento em POA. Contra as injustiças em nossopaís e a corrupção, e em defesa dos 10% do PIB para educação já!

Na América Latina as lutas não param...
 três meses milhares de estudantes e professores chilenos saíram às ruas exigindo umaeducação públicagratuita e de qualidadeSindicatos de educação e entidades estudantis de toda aAmérica Latinaalém dos chilenostêm insistido que a educação é um direito sociale não umamercadoriaPor isso, somos todos chilenos fazendo beijaço nas ruas em defesa de uma educação gratuita, somos todos árabes e africanos protestando contra os governos ditatoriais, somos todos espanhóis contra o desemprego e a corrupção. Educação não é mercadorianão pago não pagaria!

Juventude e trabalhadoresexemplo de luta!
Apoiamos os servidores da UFRGS que ficaram 90 dias em greve em defesa da educação pública, e as diversas ocupações de reitoria em todo o Brasil com estudantes e trabalhadores. O movimento estudantil não para, mesmo com o fim da greve as ocupações continuam, reivindicando melhor qualidade na educação, direito à representação e voz política dentro da universidade.

Democracia na universidade: paridade já!
Ao pensar um projeto de universidade popular é inadmissível não radicalizarmos a democracia nasinstâncias de decisão internas e questionar o 70/15/15. Precisamos discutir a paridade nasrepresentações das categorias e avançar ao 33/33/33, através de mobilizações e construção de espaçosde debate entre a comunidade acadêmica

Direitos humanos
Concepções racistassectáriasmachistashomofóbicasetcseguem tomando conta do debatepúblico enão raras vezesinterferindo na consolidação e aplicação de políticas públicasMaisrecentementede maneira assustadoraestas concepções passaram a ser defendidasa partir de atos deviolênciaem diferentes partes do paísNeste contextoas universidades públicas adquirem um papelfundamentaluma vez que a educação é o caminho por excelência para a inclusão de cidadãos membrosde uma NaçãoNão obstanteinclusive no interior destasas manifestações contrárias à garantia dosdireitos humanos têm se difundidoÉ nossa obrigaçãoenquanto membros de uma universidade pública,problematizar e construir novos argumentos e alternativas para questões que se refiram à violação dedireitos humanosNa UFRGStorna-se urgente a construção de espaços de debate permanentescomocomissões interdisciplinares e presentes nos diferentes campique integrem estudantes e professores esirvam como canal de expressão para todo aquele que se sentir ameaçado ou excluído desta nossauniversidade que se diz universal

Queremos ser: mulheres, livres e independentes, mães, estudantes e trabalhadoras, comdignidade e igualdade de oportunidades!
Historicamente, a luta pela emancipação da mulher e conquista por espaços de participação na sociedade e no mercado de trabalho se mostra como um marco importante para a reivindicação dos direitos de igualdade nas relações de gênero. Não podemos esquecer que a liberdade de escolha da mulher moderna sobre o seu projeto de vida pode priorizar sim a sua independência de gênero e liberdade sexual.
Quais são as iniciativas da Universidade para atender às necessidades das jovens mãesNocontexto da UFRGS o atual Auxílio Creche (R$ 75,00), oferecido pela SAE é insuficienteAssimnós doMovContestação defendemos uma efetiva política de assistência estudantil às jovens mães estudantes etrabalhadorasconcedendo a oportunidade para que os filhos(asdestas estudantes tenham acesso aorecurso da Creche da UFRGSque atualmente é disponibilizado apenas para filhos(asde técnicosadministrativosDefendemos ampliação dos serviços e vagasDefendemos também espaços de recreaçãopara os filhos(asdas estudantes de curso noturnoque permita a frequência das estudantesbem comocuidado e orientação de seus filhos(asem processos lúdico educativos.

2)           Financiamento
Universidade brasileira: conjuntura e perspectivas
Aqui no Brasil estamos enfrentando diversos problemas no ensino público no início do anoDilmacortou 50 bilhões sendo 3,10bi da educaçãoao mesmo tempo em que aumentou seu próprio salário. Logo após, os deputados também aprovaram aumento salarial de 61% para si. Por outro lado, deixam o saláriomínimo com seus míseros R$ 545,00!
Precisamos dar mais atenção à educação pública de nosso país, passam governos, tanto federais e estaduais e nada muda.  A ampliação da universidade só pode ser real se acompanhada de mais verbas, por isso a aplicação do REUNI, sem uma preocupação real pela qualidade, não é suficiente. A situação, por exemplo, do curso de Dança da nossa universidade, que carece de infraestrutura adequada para a realização de suas aulas, é inadmissível. Temos de gritar o mais alto que pudermos e mostrar ao Governador Tarso à Presidenta Dilma que queremos mais verba para educação.

10% do PIB para educação pública !

Estão garantidos na CF/88 os 10% do PIB para educação. Na década de 90, a LDB aprovou 7% doPIB para a educaçãoo governo FHC vetouos governos Lula e Dilma mantiveram o vetoNeste ano,sindicatosDCE'sDA's/CA'salém da UNEANEL e vários coletivos de estudantes estão reorganizando aluta em defesa dos 10% do PIB para educação, uma vez que hoje o governo investe apenas 3,7%.
  Achamos que todas as entidades sindicaisestudantis e movimentos organizados devem realizaruma campanha nacional coletando assinaturas em defesa do plebiscito oficialmesmo com a realizaçãode um plebiscito popularAtravés de um plebiscito oficial poderemos levar esse debate para toda apopulação com tempo na TV abertaDialogar com quem realmente precisa de uma educação pública

Garantia de acesso e permanência para popularizar a universidade.
Por que Reserva de Vagas e Política de Permanência

O Brasil com suas dimensões continentais tem uma das maiores diversidades culturais, étnicas e, também temos de dizer, econômicas do mundo! Mas a informação dessa diversidade é muito mal distribuída, e isso nos impressiona. Muitas pessoas não sabem quantos indígenas moram no estado; não sabem a percentagem aproximada de negros que moram na sua própria cidade; ou quais as dificuldades que um deficiente passa para conseguir ir à escola ou trabalho.
Nós do Mov. Contestação/Coletivo Levante temos o projeto “Universidade Pública, tô dentro!. levando a informação aos estudantes de periferia, que não sabem que a escola e universidade pública é mantida com os impostos pagos por tod@s nós. 
Cotas para popularizar!

É por isso que a Tese do Movimento Contestação defende: Cotas para popularizar! Não basta que a Universidade tenha cotas, é preciso que os estudantes que ainda não estão na UFRGS saibam que as cotas os beneficiam, pois séculos de exclusão não se resolvem com uma falsa igualdade, é necessário que haja igualdade de oportunidades!
Propomos que nesse V Congresso de Estudantes se defenda a ampliação das cotas sociais e  étnico-raciais e que se revejam as condições de alguns colégios e modalidades de ensino comopertencentes ao benefício das Ações Afirmativas, como por exemplo, os EJA e os estudantes de escolaparticular com bolsa integral.

Políticas de permanência e infraestrutura é uma necessidade.

Não basta entrar na universidade e não conseguir se manter. Por que defendemos RU à R$ 1,30, Casa de Estudante, Bolsas de R$ 450,00? Porque igualdade não é igualdade se não forem iguais as oportunidades! O DCE deve lutar e defender o RU do Vale na Informática prometido pelo reitor em 2009, aampliação do RU do Centro e o início das obras do RU que atenda aos alunos do Litoral, por que não terRU ou passar 1h na fila não é qualidade de ensino, é superlotação!
Não é possível que a reitoria não valorize o trabalho dos próprios alunos da UFRGS, por isso R$ 450 para os bolsistas da UFRGS, extensionistas e iniciação científica, pois não é aceitável ver os colegas desistirem de suas careiras para irem trabalhar para quem paga mais! A Casa de Estudante do Vale virou lenda? Não. Temos de continuar a lutar por ela.
Os combates que continuamos a travardentro e fora dos muros da UFRGSrumo a umaUniversidade Popular para o culo XXI são:

10% DO PIB PARA EDUCAÇÃO PÚBLICA.
Democracia Real Já!! – todos pelo dia 15/10
Contra o desenvolvimento insustentável do mundo - por uma universidade ecológica comopolítica da administração da UFRGSFora copo plástico dos RUs!
Pela Reforma Agrária !
Pelo direito à cidade e à moradia. Reforma Urbana já!
Contra o racismo, xenofobia, homofobia, e qualquer tipo de preconceito e opressão!
Por uma Universidade feminista! Pela creche, assistência saúde e ouvidoria!
Por uma Universidade negra e indígena e sem racismoAmpliação das cotas !
Pelo Direito à DiferençaAcessibilidade!
Pela livre expressão da cultura popular!
Pelo acesso à culturaMeia-Entrada !
Radicalização da democracia dentro na universidadeParidade !
Acesso e permanência na Universidadeampliação dos RUs e Casa de Estudantes !
Qualificação da assistência estudantil aos alunos africanos e latinoamericanos da UFRGS:intercâmbio com igualdade e não diferenciação!
Edição das Jornadas Culturais

Nomes de alguns dos estudantes que assinam esta tese:
Alexandra de Souza Scholant – Física
Adriana Correa da Silva - Biomedicina
Ana Paula Freitas Madruga - Ciências Sociais/ PROPUR
Andressa das Neves Teixeira - Poíticas Públicas
Alexandra Rodrigues Lazzarini - Ciências Sociais
Anelise Pereira Bauer - Administração
Bruna Ferreira Correa – Serviço Social
Bárbara Juliana Lauxen – História
Bruna Ferreira Correa - Servico Social
Bruno Klafke Alves – Enfermagem
Calane Tavares Rodrigues – História
Camila Barbosa – História
Cládio Abel - Ciências Sociais
Cristiano Pereira da Silva – Geografia
Camila Simões Pires Pacheco - Ciências Sociais
Ceres Nascimento de Castro (Aluna especial) – Biblioteconomia
Cleoson Roberto da Silva - Ciências Sociais
Eduardo Hernandes Dutra - Ciências Sociais
Emanuele Glaeser – Políticas Públicas
Fábio Nunes Castro - Ciências Sociais
Graziela Mônaco Vargas - Arquivologia
Gabriela Muniz Figueiredo - História
Gabriela Dias Blanco – Políticas Públicas/ PPG em Sociologia
Gabriela Schumacher - Políticas Públicas
Giana Lagranha Souza Arnecke - Biblioteconomia
Juliana Carvalho Pereira - Biblioteconomia
Juliana Paiva Palhares - Ciências Sociais
Juliana Loureiro de Oliveira - Jornalismo
Juliana dos Santos – Políticas Públicas
Lucas Porto Azevedo – História
Lisiane Guedes Silverio - Serviço Social
Lueci da Silva Silveira – História
Luis Henrique Rosa Rodrigues – Políticas Públicas
Marlise Paz dos Santos – Ciências Sociais
Kate Lima de L.Dall'Agnol - Políticas Públicas
Paulo Eduardo de Souza Francisco - Música
Rejane Aparecida Aretz - Políticas Públicas
Renata Dalzen Folleto - Ciências Sociais
Rubens das Neves Neto - Ciências Sociais
Rafael Delgado da Silva do Prado- História
Silvia Maria Puentes Bentancourt - Biblioteconomia
Tiago Schuaste Dietrich – Pedagogia
William E. Sodre - Ciências Sociais
Voltayre Vencato - Políticas Públicas


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