Vereadores se reúnem com estudantes e DCE da PUCRS nesta quarta para resolver impasse

APÓS SÉRIE DE PROTESTOS E TUMULTOS, INTERVENÇÃO OCUPA ESPAÇO VAGO PELA REITORIA DA INSTITUIÇÃO


Em protesto, estudantes percorreram o campus até a Avenida Ipiranga na noite de terça-feira – Genaro Joner / Agencia RBS
Para tentar conter os ânimos em uma das principais universidade privadas do Estado, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre montou um grupo para discutir as denúncias e a violência que tornaram atribulado o final do semestre na PUCRS.
A intervenção ocupa um espaço deixado vago pela Reitoria da instituição, que, por uma questão legal, não pode mediar o conflito instaurado entre um grupo de alunos e o Diretório Central dos Estudantes (DCE).
Desde a virada de 8 para 9 de junho, as manifestações contra o DCE recrudesceram e viraram um movimento de estudantes batizado de 89 de Junho. O estopim foi a eleição das chapas para o Congresso Nacional de Estudantes (Conune), marcado para julho, em Goiânia (GO).
O pleito define as chapas da PUCRS que participarão da escolha dos delegados da União Nacional dos Estudantes (UNE). Esses delegados elegem a direção da entidade – daí a sua importância.
Opositores do DCE dizem que o documento apresentado por eles para formar chapa – a grade de horários das faculdades– não foi aceito. Era necessária a declaração de matrícula, um documento que custa R$ 7.
A estudante de Direito Tábata Silveira salientou que as chapas deveriam ter 26 integrantes e número igual de suplentes, o que levaria o custo da inscrição a R$ 364, enquanto a UNE prega um processo gratuito. Ao negar irregularidades, o DCE sustenta que a documentação é necessária.
De fora do Conune, os alunos iniciaram uma série de protestos que, além do caso do congresso, trouxeram à tona questões antigas, não resolvidas e que passaram batidas pela Reitoria, impedida de intervir em uma porção da vida acadêmica por questão legal.
Segundo uma nota de esclarecimento publicada pela PUCRS, “os centros acadêmicos têm personalidade jurídica prevista em Estatuto e Regimento, o que lhes garante autonomia em suas atividades”.
Os vereadores Sofia Cavedon (PT, presidente da Câmara), Mauro Zacher (PDT, ex-presidente do DCE da PUCRS), Mauro Pinheiro (PT), Carlos Todeschini (PT) e Fernanda Melchion-na (PSOL) entraram no caso na terça-feira.
— As relações entre os estudantes extrapolaram os direitos humanos, a ética, a integridade física. Os estudantes, sozinhos, não resolverão isso. A Câmara será a mediadora — afirma Sofia.

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