Texto de aluno compara miscigenação de povos a “exterminação racial ou genocídio”
Marcelo Gonzatto | marcelo.gonzatto@zerohora.com.brTrabalhos produzidos por um aluno do curso de História vêm provocando perplexidade na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ao defender ideias consideradas racistas por colegas e professores. Em um manifesto distribuído em sala de aula, esta semana, o estudante chama filhos de casais multirraciais de “híbridos” e compara a miscigenação populacional a uma forma de “exterminação racial ou genocídio”.
As declarações já motivaram um processo disciplinar e o registro de uma ocorrência policial. As aulas do primeiro semestre de História começaram a ficar tumultuadas em abril, quando um trabalho de tema livre foi considerado inadequado pelo professor Cesar Guazzelli por conter tons antissemitas.Conforme uma testemunha que estava presente à aula, Guazzelli alertou os alunos de que não aceitaria esse tipo de argumentação. O autor do ensaio, José Francisco Alff, 50 anos, não admitiu a reprimenda e teve início uma série de manifestações. Guazzelli informa que, como foi aberto um processo disciplinar, nem ele ou qualquer outro servidor da universidade podem se manifestar.— Foi formada uma comissão que está averiguando o assunto — diz.
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