O que está acontecendo no Diretório Central de Estudantes da PUC-RS não é nenhuma novidade. Entra ano, sai ano, repetem-se as denúncias de autoritarismo, irregularidades em eleições e aparelhamento da estrutura da entidade, que é controlada pelo mesmo grupo político (ligado a um setor do PDT) há mais de dez anos. Pela presidência do DCE da PUC já passaram, entre outros, o atual vereador e ex-secretário da Juventude de Porto Alegre, Mauro Zacher, e o chefe de gabinete deste, Rafael Fleck. O bastão da presidência da entidade vai sendo passado sempre a algum aliado deste grupo e quase sempre em um processo marcado por denúncias de irregularidades e violências. Na noite desta segunda-feira, mais uma vez os corredores da PUC foram palco de pancadaria e cenas de agressões envolvendo integrantes da atual direção da entidade e estudantes que fazem oposição a ela (ver vídeo acima).
A postura silenciosa da reitoria da universidade frente a estes acontecimentos vem chamando a atenção. Considerando o teor das denúncias que vem circulando pela internet e dentro da universidade, que vão de episódios de corrupção a ameaças de agressões físicas (algumas delas consumadas, como vem se vendo nos últimos dias), está mais do que na hora de a direção da universidade se manifestar. Em 2004, denúncias semelhantes mobilizaram o Ministério Público e até uma comissão da Assembleia Legislativa que apontou indícios de irregularidades no processo eleitoral da entidade. Nada mudou. Inclusive o silêncio da reitoria da PUC. Cabe lembrar que o DCE arrecada anualmente uma considerável soma em dinheiro proveniente dos estudantes da universidade. Aliás, a população poderia entender melhor todo esse apego ao poder se tivesse conhecimento de quanto dinheiro passa atualmente pelo DCE da universidade. Ou essa é uma informação secreta?
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