Mais de 70% das trabalhadoras domésticas brasileiras não têm carteira assinada Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/mat/2011/04/27/mais-de-70-das-trabalhadoras-domesticas-brasileiras-nao-tem-carteira-assinada-924330788.asp#ixzz1KlxMo5oL © 1996 - 2011. Todos os direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A.

Agência Brasil

BRASÍLIA - Mais de 70% das trabalhadoras domésticas brasileiras não têm carteira assinada, informou a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes. O dado faz parte de um relatório sobre esse tipo de atividade que será divulgado pela secretaria nesta quarta-feira, Dia Nacional das Trabalhadoras Domésticas. O estudo mostra que a maior parte da categoria ainda não tem os direitos trabalhistas reconhecidos na prática.
Segundo a ministra, o emprego doméstico está entre as principais ocupações das mulheres brasileiras.
- Hoje existem no país cerca de 7 milhões de empregados domésticos, dos quais 95% são mulheres. Mais de 70% não têm carteira assinada, não recebem o salário minimo, além disso são vítimas de intolerância racial, assédio moral e sexual - disse.
Ela destacou que a maioria das trabalhadoras domésticas é negra.
- Vivemos os resquícios da cultura escravocrata de não querer reconhecer esse trabalho - afirmou em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.
Para Iriny, é importante discutir com o Congresso Nacional a necessidade de alterar o Artigo 7º da Constituição, a fim de equiparar os direitos das trabalhadoras domésticas aos de outras categorias.
- É preciso garantir à essa categoria os mesmos direitos dos demais trabalhadores - defendeu.
A ministra também considera fundamental oferecer politicas públicas de qualificação profissional e valorização das pessoas, assim como de combate ao analfabetismo, que ainda é comum entre as trabalhadoras domésticas. Segundo Iriny, se tiverem acesso a cursos de qualificação, elas terão mais condições de disputar outras vagas no mercado de trabalho, pois, de acordo com o estudo da secretaria, há principalmente entre as jovens o desejo de mudar de profissão.
Além disso, a ministra destacou que é preciso conscientizar a sociedade sobre o valor desse tipo de atividade.
- É preciso haver uma mudança de postura para que as mulheres que garantem o funcionamento das casas sejam tratadas com dignidade.


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