Jair Bolsonaro

Na política brasileira ressaltam-se três correntes: a obtusa extrema direita; a direita lúcida que já se certificou de que o “leão era mansinho e desdentado”; e a terceira corrente formada pela esquerda direitosa, ou seja, uma direita travestida de esquerda representada pelos partidos PT, PSB, PCdoB, PDT. Quanto a esquerda revolucionária, ela tem uma presença residual e tropeça em suas heranças marcadas por sérios vícios produzidos pelos longos de hegemonia stalinista.
É neste cenário político que vem a tona mais uma disparate do deputado militar Jair Bolsonaro filho legítimo de uma direita obtusa, quando insulta a artista Preta Gil dizendo que um filho seu não casaria uma negra porque ela não admitia essa promiscuidade que ocorre na família dela. Essa postura mereceu o pronto protesto inclusive direta lúcida, chegando até a propor a cassação do seu mandato por falta de decoro parlamentar.
Vale salientar que não é somente o Jair Bolsonaro a representar uma extrema direita intolerante, preconceituosa e repressiva. Em muitos episódios essa extrema direita carcomida apresenta-se com seus discursos da velha era. Assim foi no caso da nomeação do General José Elito Carvalho para o cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional. Na sua posse ele manifestou explicitamente o seu desacordo com a proposta de criação da Comissão da Verdade, cujo objetivo é esclarecer os processos e os rumos que levaram centenas de brasileiros constarem na lista de desaparecidos. Pela lógica seria razão suficiente para que este ministro fosse demitido de suas funções, vez que o governo de plantão, capitaneado por uma senhora que sofreu as agruras das torturas nas masmorras da repressão teria força moral para proceder um gesto de justiça praticando essa atitude.
Bolsonaro é parte de um canil de pitbulls disposto a estraçalhar homens, mulheres ou crianças que se atrevam a colocar em risco os interesses maiores do capitalismo e suas atitudes sempre estarão respaldadas no discurso de respeito à ordem constituída.

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