Índios brasileiros tikunas e as FARC

A Polícia Federal, a Funai e o Governo Estadual e Federal não amparam as nações indígenas; elas criam suas leis e próprios exércitos para que haja essa proteção inexistente do Estado. O irônico é que a Polícia Federal reconhece esse "exército indígena"como "milícia" e não faz NADA em relação a segurança desta fronteira brasileira (estes índios habitam a fronteira com o Peru e Colômbia!). Sem proteção, sem direito a quase nada, não é de se adimirar que migrem para o lado das FARC.

Os índios Ticunas, no Amazonas, dizem ter uma milícia com 1.500 voluntários, armados com cassetetes e espingardas, supostamente para combater consumo de álcool e tráfico de drogas nas aldeias. A maioria dos índios aprova as milícias, mas há conflitos.

No último dia 2 de novembro, índios milicianos foram apedrejados e reagiram a tiros, e desse conflito resultaram 11 pessoas feridas. A Polícia Federal investiga dois assassinatos e abusos cometidos por essas milícias de índios brasileiros na fronteira com a Colômbia e o Peru, e o treinamento recebido por elas, dado por membro das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

Essas milícias de índios ticunas foram criadas neste ano supostamente para combater o consumo de álcool e o tráfico de drogas nas aldeias. Os integrantes rejeitam o rótulo de milícias e afirmam ser uma "polícia indígena". Dizem que a organização, chamada de Piasol (Polícia Indígena do Alto Solimões) ou SPI (Serviço de Proteção ao Índio), foi criada porque a Polícia Federal e a Funai não impediam a alta incidência de crimes na região do Alto Solimões.

Entre os 36 mil ticunas, dizem ter 1.500 voluntários (3% são mulheres), muitos recrutados entre egressos do Exército. Os indícios da relação das milícias de índios com a Farc, da Colômbia, surgiram na comunidade de Campo Alegre, em São Paulo de Olivença, onde há 300 milicianos. Uma hipótese é um possível interesse das Farc no fortalecimento de um grupo paramilitar aliado; a outra, a de que guerrilheiros se solidarizam porque há ticunas nas fileiras das Farc.


Informações repassadas pela estudante de Políticas Públicas Kate Lima, descendente de índios da nação Tikuna do Alto Solimões e participante do Movimento Contestação, e obtidas no blog http://karipuna.blogspot.com/.

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