Todo o meu ódio do mundo

Flavia Alli
Mauro Iasi disse que para se fazer a revolução não é preciso de amor, mas muito ódio. E, hoje, eu estou com muito ódio no coração. Muito ódio porque ainda vivemos numa sociedade machista, opressora, fascista, neonazista e sem escrúpulos. E, eu não preciso utilizar de muita teoria para politizar um caso, que vocês assistirão no vídeo abaixo, porque isto vai além da política. Pois, diz respeito a mim e a todas as mulheres do mundo. E, diz respeito, também, como somos tratadas como animais e nossos direitos ignorados.
Eu chorei vendo este vídeo. Chorei de verdade. Estou completamente revoltada com o machismo, a prepotência, o abuso de poder, o fascismo, o nazismoque estes HOMENS cometeram com ela. Pois, mesmo a menina sendo policial e tendo conhecimento dos seus direitos, não foi o suficiente para se manter um processo legal de investigação sobre a mesma. Agora, imaginem quantas mulheres pobres são oprimidas, desta maneira (senão pior), pelos próprios aparelhos coercitivos do Estado, todo o dia, na periferia? Imaginem, também, que nenhuma delas tem câmera para filmar, ou corregedoria para fazer os reclames?
O mais grave, nesta história, é perceber que as duas policiais mulheres presentes ajudaram a deixá-la nua. Tais mulheres não tem nem percepção dadupla opressão realizada sobre a suspeita. O machismo é tão intrínseco na nossa sociedade, que por vezes (e muitas), as próprias mulheres reproduzem atos e ideologias, sem se dar conta de que elas fazem parte de um grupo,historicamente, oprimido e reprimido violentamente.
E, o que esperar da polícia, então, a qual seu corpo de funcionários passou por algum grau de escolaridade, com acesso, no mínimo, a uma cartilha sobreDireitos Humanos? Por que os mesmos não vão a Brasília tirar as cuecas dos senhores ministros e deputados em praça pública?
Eis, aqui, todo o meu ódio do mundo expresso. E, espero que você, mulher,homem, que é pai, ou filho, assim como a tal moça deve ter também, indigne-se e não deixe que tal revolta fique presa entre as calças. Pois, não revoltar-se é um desrespeito àquelas que, como a policial, sofrem todos os dias dentro de casa, no trabalho e até na televisão.
'Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres' - Rosa Luxemburgo


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