Brasília, 23/02/2011 (MJ) – Será lançado nesta quinta-feira (24), no Ministério da Justiça, em Brasília, o Mapa da Violência 2011 – Os Jovens do Brasil. A divulgação será às 10h, na Sala de Retratos do edifício sede, e contará com a presença do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Elaborado pelo Instituto Sangari, em parceria com o Ministério da Justiça, o estudo traz um diagnóstico sobre como a violência tem levado à morte brasileiros, especialmente os jovens, nos grandes centros urbanos e também no interior.
Coordenado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, o estudo servirá de subsídio a políticas públicas de enfrentamento à violência. O estudo, que tem como fonte os dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, aponta o crescimento das mortes de jovens por homicídio, acidentes de trânsito e suicídio.
Versão completa (PDF - 3.4MB)
Sumário executivo (PDF - 2.1MB)
Leia abaixo trecho do Mapa
Efetivamente, de 2002 a 2008, para a População Total:
• O número de vítimas brancas caiu de 18.852 para 14.650, o que representa uma significativa
diferença negativa, da ordem de 22,3%.
• Já entre os negros, o número de vítimas de homicídio aumentou de 26.915 para 32.349, o que equivale a um crescimento de 20,2%. Com isso, a brecha que já existia em 2002 cresceu mais ainda e de forma drástica, como teremos oportunidade de ver a seguir.
Já a Tabela 3.7.2 relaciona o número de homicídios com a população de cada UF, além de calcular os Índices de Vitimização Negra que resulta da relação entre as taxas de brancos e de negros.
Que nos diz esse índice? Em que proporção morrem mais negros do que brancos vítimas de homicídio.
Se o índice é zero, morre a mesma proporção de negros e brancos. Se o índice é negativo, morrem proporcionalmente mais brancos que negros. Se positivo, morrem mais negros que brancos.
Assim, um índice nacional de 67,1 como mostra a Tabela 3.7.2 para o ano de 2005, indica que,
nesse ano, morrem proporcionalmente 67,1% mais negros do que brancos.
Essa Tabela nos permite verificar que as taxas de homicídio de brancos caíram de 20,6 para 15,9
em cada 100 mil brancos; queda de 22,7% entre 2002 e 2008. Já na população negra, as taxas passaram de 30,0 em 2002 para 33,6 homicídios para cada 100 mil negros em 2008, o que representa um aumento de 12,1%.
Desagregando por região, e mais ainda, por estado, o panorama fica muito variado e heterogêneo, principalmente quando se observa a taxa de homicídios de negros.
Vários dados dessa Tabela impressionam pela sua magnitude:
• Em 2002, o índice nacional de vitimização negra foi de 45,8. Isto é, nesse ano, no país, morreram proporcionalmente 45,8% mais negros do que brancos.
• Apenas três anos mais tarde, em 2005, esse índice pula para 67,1 (morrem proporcionalmente
67,1% mais negros que brancos).
• Já em 2008, um novo patamar: morrem proporcionalmente 103,4% mais negros que brancos, isto é, acima do dobro!
pág 57.
Fonte: Portal MJ
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