No Bom Dia Brasil de hoje, a chamada prometia “novas revelações” dos documentos da Wikileaks. O que a Globo nos entregou foi uma reportagem que parecia querer colocar um ponto final no caso. E, claro, nenhuma, nem umazinha palavra sequer sobre as negociações do Pré-Sal. Já sobre a admiração do filho de Kim Jong-Il por Eric Clapton, isso sim mereceu preciosos segundos do noticiário…
Do Bom Dia Brasil
De volta a tribunal, dono do WikiLeaks pede liberdade condicional
Os advogados de Julian Assange tentam evitar que ele seja extraditado para a Suécia, onde enfrenta acusações por crimes sexuais.
O fundador do site WikiLeaks, que está preso, tem hoje uma audiência no tribunal de Londres. Os advogados de Julian Assange pedem a liberdade condicional. Tentam evitar que ele seja extraditado para a Suécia, onde enfrenta acusações por crimes sexuais.
Nas últimas três semanas, com a divulgação de menos de 1% das mais de 250 mil mensagens secretas que afirma possuir, Julian Assange chacoalhou o mundo diplomático. Deixou os americanos numa terrível saia justa e foi parar na cadeia – não exatamente por causa dos vazamentos. O australiano que desafiou a superpotência está numa prisão britânica sob a acusação de estupro e ameaça, principalmente se continuar preso, distribuir mais e mais mensagens secretas.
Autoridades americanas tentam encontrar uma forma de processar o hacker-jornalista em um tribunal nos Estados Unidos. Aliás, uma das discussões dos analistas é como qualificá-lo: jornalista, hacker, ativista ou terrorista? Certo é que os vazamentos do WikiLeaks caíram como uma bomba sobre as relações diplomáticas americanas.
Basta lembrar que o presidente do Afeganistão foi chamado de “paranóico”. Os líderes russos Vladimir Putin e Dimitry Medvedev foram comparados a Batman e Robin. O iraniano Mahmoud Ahmadinejad virou Hitler. O presidente francês foi chamado de “autoritário”. Desqualificado, Nicolas Sarkozy foi tratado como “um imperador sem roupas”.
Ex-parceiros de Assange dizem que o site WikiLeaks virou uma máquina de ataque contra o governo americano. Um deles resolveu até lançar concorrência. Prometendo retomar a suposta imparcialidade do projeto original e manter caminho livre para informantes do mundo inteiro, nascerá em breve o OpenLeaks. É a certeza de que vem mais notícia por aí.
Documentos vazados pelo WikiLeaks mostram que o astro Eric Clapton um ídolo do filho do ditador norte-coreano, Kim Jong-Il. O artista chegou até a ser convidado a fazer um concerto na capital Pyongyang.
Um telegrama do embaixador americano em Seul, na Coreia do Sul, em 2007, sugere que o concerto seria útil para promover uma possível aproximação com o Ocidente. O show, porém, não aconteceu. A cultura pop e o rock são proibidos na Coreia do Norte.
0 comentário(s):
Postar um comentário
Deixe sua sugestão, crítica ou saudação juntamente com seu contato.