31 agosto 2010 O Grupo RBS, que detém o monopólio das informações no Rio Grande do Sul, volta e meia lança campanhas institucionais voltadas para o acréscimo de audiência e o fortalecimento de seu poder de agenda. Ainda que o Grupo tenha grande influência política e social no Estado, as tais campanhas dão pouco ou nenhum resultado para a sociedade. Casos, por exemplo, da “Violência no trânsito – isso tem que ter fim” e da mais recente “Crack, nem pensar”. Essa última, como a outra, tem servido para a promoção de caminhadas, protestos e painéis da RBS. Também vinham sendo veiculadas – o esvaziamento da campanha nos veículos do grupo hoje é quase total – reportagens que esclareciam a classe média sobre os efeitos do crack e as consequências de seu uso, pouco mais do que isso. Em sua última edição – de julho, agosto e setembro – o jornal Boca de Rua, de Porto Alegre, produzido por moradores de rua da capital gaúcha e coordenado pela jornalista Rosina Duarte, mostrou que a pauta pode ser invertida, e que a abordagem da questão do crack pode trazer informações também a quem diariamente convive com esse drama. Uma reportagem de duas páginas, feita por pessoas em situação de rua, relata as principais dificuldades enfrentadas pelos usuários e comenta as poucas políticas públicas voltadas para o assunto. A primeira parte da matéria se propõe justamente a “listar algumas dificuldades para se livrar da dependência”. Fala na burocracia do atendimento, na falta de acompanhamento após o tratamento e no preconceito social que se reflete nas políticas públicas, que culminam, muitas vezes, na criminalização do dependente químico. Depois, uma retranca apresenta a situação das políticas públicas que já foram estruturadas, nos níveis federal, estadual e municipal. Mostra com clareza que algumas iniciativas começam a ser tomadas, mas ainda são absurdamente pequenas em relação à demanda. Por fim, uma entrevista com uma assistente social do Centro de Assistência Psicossocial (CAPS). O foco no cuidado com o dependente e a crítica ao traficante, que aparece em mais de um momento da reportagem, trazem uma face humana e preocupante do crack. Produzida por quem vive a situação para quem vive ela e para quem não a vive, a matéria apresenta em sua abertura o diagnóstico que tenta curar: “A população condena os usuários de crack. Pelas matérias de jornal e os comentários das pessoas, parece que eles não são doentes, mas criminosos”. Postado por Alexandre Haubrich Fonte: http://jornalismob.wordpress.com/2010/08/31/boca-de-rua-crack-e-grupo-rbs/
Boca de Rua, crack e Grupo RBS
Ana Paula Madruga
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sábado, 6 de novembro de 2010
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