Vitória na garantia, ampliação e divulgação das cotas na UFRGS

Na manhã desta quarta-feira (14/07/10) o Movimento Contestação realizou uma manifestação pública na reitoria da UFRGS. Estiveram presentes em torno de 80 estudantes de várias escolas públicas de ensino médio de Porto Alegre e Viamão, além de estudantes cotistas de vários cursos da UFRGS. Através da mobilização e pressão dos estudantes o Reitor da UFRGS, Carlos Alexandre Netto, recebeu uma comissão que integraram estudantes das escolas Walter Jobim, Farroupilha, Gema Belia, além das estudantes da UFRGS Juliana Paiva e Rejane Aretz, a Professora Neiva Lazarroto e a funcionária da UFRGS Bernadete Menezes.

A comissão entregou ao reitor o manifesto (que segue abaixo) em repudio a atitude dos senadores que retiraram as cotas do “Estatuto da Igualdade Racial” e as seguintes reivindicações ao Reitor: garantia, ampliação e divulgação das cotas étnicas e sociais na UFRGS. O Reitor garantiu que o ocorrido no Senado não irá interferir nas cotas existentes na UFRGS (15% sociais e 15% étnicas), além do de comprometer-se junto com o Contestação na divulgação das cotas nas escolas públicas.

O Movimento Contestação, através da campanha “Universidade Pública, tô dentro!”, está realizando palestras sobre as cotas sociais e étnicas nas escolas públicas. Através desta ação foi identificado que a maior parte dos estudantes não sabem do direito de optar por cotas na hora do vestibular. Por isso o movimento segue e não podemos parar, convocamos todos os estudantes a organizar-se conosco. Levante-se e conteste você também!!

MANIFESTO ENTREGUE A REITORIA:

Manifesto pela garantia e ampliação das cotas étnicas e sociais na UFRGS

Ao mesmo tempo em que o Governo Federal fala em chegarmos a ser 5ª economia do mundo na próxima década, somos um dos primeiros no ranking da desigualdade social. Queremos ser o 5º lugar em educação, saúde, segurança pública, geração de emprego e renda para a população. A juventude sofre com a falta de investimentos, nossas escolas estão sucateadas, os professores são mal pagos, falta política de geração de emprego, além de faltar vagas nas universidades públicas. Nesse sentido, as cotas étnicas e sociais foram uma vitória do movimento estudantil, negro e social, conquista que contribui para uma nova perspectiva para a juventude oriunda de escola pública.

Entendendo que políticas de ações afirmativas contribuem para amenizar a desigualdade social, o Movimento Contestação vem desenvolvendo palestras nas escolas públicas sobre o tema das cotas, com a campanha “Universidade pública, tô dentro”. A partir desta iniciativa, constatamos o desconhecimento dos estudantes de ensino médio sobre o tema. No mês de junho de 2010, infelizmente, presenciamos o Senado retirar do texto do “Estatuto da Igualdade Racial” a previsão de cotas para negros em universidades, empresas e candidaturas políticas. A votação no Senado aprovou por maioria o estatuto, não contemplando a política da garantia de uma importante vitória dos movimentos, que são as cotas.

Nesse sentido, o Movimento Contestação repudia a atitude dos senadores que votaram pela retirada das cotas do texto do “Estatuto da Igualdade Racial”. Entendemos que tal aprovação, sem manutenção das cotas, não contribui, de fato, para minimizar as desigualdades em nosso país. Também, solicitamos à reitoria da UFRGS a garantia e ampliação das cotas éticas e sociais nesta universidade, além do comprometimento na divulgação da mesma.

Movimento Contestação

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