Documento entregue ao reitor na Audiência do dia 05/03:
Prezados(as) conselheiros(as),
Estamos, através desta carta de reivindicações, expressando a opinião de mais de uma centena de estudantes e militantes de diferentes movimentos sociais. Permanecemos em vigília, na madrugada desta sexta-feira, em frente ao prédio da reitoria, em protesto contra a falta de democracia na discussão sobre o Projeto de Parque Tecnológico, pauta deste CONSUN.
Não temos dúvidas quanto à relevância do debate sobre a produção de ciência e tecnologia, e quanto à sua necessidade para o desenvolvimento social. Justamente por compreender que esta pauta envolve interesses que vão além dos muros da universidade, preocupa-nos a falta de discussão acerca do projeto junto à comunidade acadêmica e junto à sociedade em geral.
Infelizmente, a Reitoria optou por manter a discussão do Parque Tecnológico da UFRGS a portas fechadas, inviabilizando uma apropriação democrática desse tema por toda a comunidade. Exemplo claro desse tipo de posicionamento foi a tentativa de aprovar esse projeto no final do ano de 2009, sem qualquer abertura do tema; não sendo bem-sucedido nessa tentativa, a alternativa escolhida foi levar o projeto à votação ainda durante as férias acadêmicas, uma tentativa clara de evitar o conhecimento e a mobilização dos interessados em torno da questão.
Entendemos que a democracia é um princípio essencial em todas as instâncias públicas, e nesse CONSUN não deve ser diferente. O nosso papel enquanto agentes das transformações e responsáveis pelos rumos que esta universidade toma como parte da nossa sociedade é tornar público o nosso descontentamento. Diante de uma UFRGS de portas fechadas quando tentamos dialogar abertamente na quarta-feira, o único meio que nos restou de exercer o nosso direito democrático de reivindicar foi sairmos unidos de nossas casas e aqui nos reunirmos.
Em vista dessas condições no mínimo desrespeitosas com a sociedade, reivindicamos:
1) A retirada de pauta do projeto do Parque Tecnológico da UFRGS desta reunião do CONSUN;
2) A construção de assembléias por campi, audiências públicas, e todos os tipos de debates abertos à Comunidade Acadêmica, movimentos sociais e sociedade em geral, para que a UFRGS possa debater de fato, democraticamente, o Parque Tecnológico;
3) A garantia de que nenhum dos que exerceram o seu direito de reivindicação seja criminalizado, alvo de processos administrativos, judiciais ou qualquer forma de perseguição política.
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