Cai número de alunos da rede pública aprovados na USP



Pró reitoria de graduação avalia mudanças no programa de inclusão social da universidade

Do R7 , com Agência Estado

A Pró-reitoria de graduação da USP (Universidade de São Paulo) informou nesta segunda-feira (10) que o número de aprovados na primeira fase do vestibular provenientes de escolas públicas representou 25,6% do total, quase 5% a menos que em 2009. A nova gestão também divulgou que estuda mudanças no Inclusp (Programa de Inclusão Social da USP) principal porta de entrada de estudantes de escolas públicas na universidade.

A proposta é suspender o bônus de 3% na nota do vestibular, concedido a todos os alunos provenientes de escolas públicas. A idéia é incorporar esse valor nas bonificações do Inclusp obtidas por mérito. Atualmente o programa concede além dos 3% universais, outros 9% de bônus de acordo com o desempenho no vestibular e no programa de avaliação seriada da universidade. Portanto, os alunos continuariam podendo alcançar 12% de bônus na nota do vestibular.

O projeto começou a ser estudada no primeiro semestre deste ano após a posse da professora Telma Zorn como Pró-reitora de graduação. Ainda não há previsão de quando as mudanças serão adotadas. No vestibular de 2011 todos os vestibulandos de escolas públicas ainda vão receber a bonificação de 3%.

Segundo a pró-reitora as mudanças no Inclusp não estão relacionadas à queda do número de aprovados de escolas públicas. Telma disse que há algumas possibilidades para a queda específica de 2009 para 2010: a não realização do programa de embaixadores do Inclusp no ano passado (ou seja, faltou divulgação nas escolas); a maior oferta de vagas com a expansão de universidades federais; a procura pelo Programa Universidade Para Todos (ProUni) que facilita a entrada em instituições particulares.

O porcentual de 25,6% aprovados se aproxima dos índices anteriores à criação do Inclusp - por exemplo, em 2001, 25,19% dos aprovados na Fuvest estudaram na rede pública. Além disso, está abaixo da meta do programa. Quando foi criado, o objetivo era conceder 30% das matrículas a estudantes formados na rede pública - número que só foi atingido em 2009, já que, em 2007, ficou em 26,98% e, em 2008, em 26,31%.

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