Do que nos livramos

Esta semana foi multada pela justiça do Equador a gigante petrolífera Chevron em US$ 8 bilhões (R$ 13 bilhões) pelos danos causados na floresta amazônica equatoriana de 1972 à 1992 pela Texaco, empresa esta que foi fundida à Chevron em 2001.
A Chevron-Texaco é acusada de ter derramado 68 bilhões de litros de materiais tóxicos em fossas e rios amazônicos no norte do equador. A poluição causada pela empresa afetou colheitas, destruiu áreas de florestas, aumentou a incidência de câncer e matou diversos animais e plantas da fauna e flora local. A queixa contra a petrolífera foi apresentada por 30 mil equatorianos e está sendo acompanhada de perto tanto por ambientalistas no mundo inteiro quanto por empresários, pois esse processo pode servir de exemplo e ser o gatilho de que precisamos para abrir diversos outros processos contra essas transnacionais que destroem o meio ambiente e sugam os países ditos em "desenvolvimento". Esse pode ser o primeiro processo a trazer o fim da impunidade para as empresas poluidoras do mundo inteiro.
Finalizando, e justificando o título do texto, foi para essa mesma empresa, a Chevron, que o nosso entreguista tucano José Serra, segundo documentos liberados pela WikiLeaks em dezembro, desejava entregar o pré-sal se eleito fosse, através de mudança do modelo de licitações aprovado no governo Lula. Então, leitor, do que nos livramos...


Valdemir de Souza Vicente
Estudante de Letras PUC-RS
Trabalhador em Gravataí
Movimento Contestação

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