Forças de Kadhafi atiram contra manifestantes, dizem testemunhas


Relatos foram feitos por jornal local e à agência AFP.

Ataques ocorreram em Musratha, terceira maior cidade do país.

Manifestantes que participavam do enterro de vítimas de combates em Musratha, a terceira cidade do país, foram alvo neste sábado (26) de disparos de mercenários, que teriam sido contratados pelo governo do ditador Muammar Kadhafi e lutam contra opositores do regime.
Segundo testemunhas ouvidas pela agência de notícias AFP e pela Reuters, os mercenários chegaram ao município, distante 150 quilômetros a leste da capital, Trípoli, a bordo de dois helicópteros do governo. Uma das testemunhas falava ao telefone com a reportagem da AFP, que conseguiu ouvir os sons dos disparos.
Nesta sexta-feira (25), um morador afirmou que partidários de Kadhafi tinham deixado a cidade, mas que os confrontos continuavam em uma base aérea próxima. Os conflitos teriam deixado "cerca de 30 mortos" entre os combatentes, segundo o morador.
"Os jovens do movimento 'Revolucionários de 17 de fevereiro' colocaram sacos de areia para proteger a cidade", disse o morador, contrário ao regime de Kadhafi. Segundo várias testemunhas, combates entre partidários e adversários "apoiados por mercenários africanos" ocorreram em Musratha.
Conselho de Segurança da ONU
O Conselho de Segurança da ONU reunia-se pelo segundo dia consecutivo neste sábado para tentar aprovar sanções severas contra o regime líbio do coronel Muamar Kadhafi com o propósito de deter a sangrenta repressão no país.
Os quinze países-membros do Conselho de Segurança iniciaram as consultas pouco antes das 12h locais (14h de Brasília). Discutem um projeto de resolução redigido pelos países ocidentais que adverte Kadhafi sobre a possibilidade de ele ser julgado por crimes contra a humanidade pela Corte Penal Internacional.
O projeto de resolução prevê um arsenal de sanções, entre elas um embargo sobre a venda de armas à Líbia, a proibição das viagens de Kadhafi e o congelamento de seus bens.
"Me surpreendeu que exista tal consenso de pontos de vista entre os membros do Conselho. É um terremoto. Alguma coisa acontece, não apenas no mundo árabe, mas nessa organização", afirmou o embaixador francês na ONU, Gérard Araud.
"A atmosfera no conselho mudou completamente. Ontem havia uma comunidade total de pontos de vista no Conselho em relação às sanções", disse.

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