por Jorge Antonio Barros
O deputado estadual Marcelo Freixo informou a este blog que também está empenhado na rendição dos traficantes encurralados no Alemão com o objetivo de evitar um banho de sangue no Rio.
- Eu quero justiça e não vingança. Se é possível evitar um banho de sangue vamos salvar a vida de inocentes e também de policiais e militares envolvidos num eventual confronto - afirmou o deputado, que agora há pouco estava reunido com o líder do Rio de Paz, Antonio Carlos Costa.
No filme Tropa de Elite 2 Marcelo Freixo é representado por um deputado e ativista de direitos humanos que no filme não conseguiu evitar o massacre de presos numa rebelião.
A proposta de rendição feita pelo líder do Rio de Paz, foi aceita pelo governo do estado. O comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio, anunciou oficialmente hoje que aceita a rendição de traficantes encurralados no Complexo do Alemão. A Polícia Militar já montou na Estrada do Itararé um posto de triagem para receber os criminosos que aceitarem a proposta de rendição, com entrega da arma. O chefe das relações-públicas da PM, coronel Lima Castro, disse que a PM tem tudo pronto para um plano de desmobilização dos criminosos, uma situação prevista no caso de guerras. Isso já ocorreu em países com conflitos armados permanentes como a Colômbia.
Ao mesmo tempo, o líder do AfroReggae, José Júnior, afirmou pelo Twitter que foi hoje ao Morro do Alemão, "por livre e espontânea vontade", para tentar mediar a rendição de criminosos. O AfroReggae é uma ONG cultural que trabalha nas favelas, onde já conseguiu retirar mais de 300 jovens do tráfico de drogas. Um deles deu longa entrevista ao GLOBO outro dia. Júnior colocou sua vida em risco.
A proposta de rendição foi bombardeada na caixa de comentários deste blog por pessoas que têm gosto de sangue na boca e certamente não estão na linha de tiro. Entre os comentários feitos pelos poucos que apoiaram a sugestão, houve um que achei bem interessante. Eneida Melo afirma que gostaria de ver essas pessoas sendo contrárias à rendição, numa situação hipotética, em que elas estivessem como reféns de bandidos fortemente armados e a polícia estivesse pronta para atirar. Vamos nos colocar todos nessa situação agora. Atire a primeira pedra qual de nós defenderia que a polícia abrisse fogo se nós fôssemos os reféns em mãos de criminosos armados.
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