quinta-feira, 22 de abril de 2010

140 anos do camarada Lênin

Hoje, 22 de abril, fazem 140 anos do nascimento de Vladimir Ilyich Ulyanov, mais conhecido como Lênin. Um dos principais líderes da Revolução Russa, é alguém que segue servindo como exemplo para muitos militantes de esquerda, devido a sua capacidade de transformar a teoria marxista em ações políticas práticas, no rumo da transformação social socialista.
Foi ele quem conseguiu desenvolver o marxismo no campo da política real, liderando uma das mais ricas experiências pelas quais a humanidade já passou.

Nunca foi candidato a santo, por isso errou, como outros. Porém muito do que se diz sobre ele, vindo da direita ou da ex-esquerda arrependida e agora vendida ao capital, são as mais grotescas mentiras. Foi um homem a frente de seu tempo e ao arriscar, acertou e falhou.

Hoje herdamos de Lênin alguns ensinamentos sobre organização, experiências construídas durante a revolução Russa e, principalmente, o ímpeto de transformar revolucionando e não se adaptando. A teoria de Lênin não deve ser vista como uma bula a ser seguida, pois não moramos na Rússia, mas sim como um campo de possibilidades a serem testadas e reelaboradas. Ele mesmo não foi dogmático ao agir como dirigente político.

Também ainda temos muito o que aprender com Lênin. Suas teorias sobre o esquerdismo ainda são desconhecidas ou até mesmo ignoradas pela esquerda brasileira, atolada no internismo e no sectarismo teórico acadêmico, que não avança para uma ação mais efetiva de prática revolucionária.

A revolução brasileira não passará por termos boas idéias bem acabadas e parecidas, o máximo possível com os clássicos, mas sim por ação política e experiências de lutas reais, que são as verdadeiras parteiras da teoria revolucionária.

Lênin, Trotsky, Rosa, Che e outros, não eram gênios, mas conseguiram elaborar o que elaboraram, por serem parte prática de lutas profundas e não apenas conselheiros críticos, como a auto-proclamada intelectualidade orgânica brasileira tenda ser. Escondida atrás de livros, computadores e prazos da Capes/Cnpq, ficam de longe criticando tudo o que se tenta fazer, como se já soubessem o final, enquanto rasgam a própria teoria da práxis. O final quem determina é a luta de classes, a correlação de forças, e disso depende a ação e a quantia de pessoas que conseguirmos convencer de nossas teorias, que não podem ser da boca para fora, mas sim força real que coloque seres humanos de carne e osso em movimento e seja expressão da boca de milhares.

Não existe prática revolucionária sem teoria revolucionária, mas tampouco existirá revolução sem ação prática de revolucionários!
Mário San Segundo

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