O Curso de Introdução ao Marxismo realizado pelo Movimento Contestação, que aconteceu neste último fim-de-semana, contou com a presença de 14 integrantes, entre eles oito novos militantes, interessados em discutir a sociedade.
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Apresentado pelo formador do 13 de Maio, Mário San Segundo, o curso apontou elementos da composição capitalista que se reproduzem na dominação econômica e política. “Vimos como o capitalismo garante o lucro das grandes empresas, ao mesmo tempo em que garante a dominação política dos trabalhadores. Um sistema que tomou conta de toda a produção mundial e da política de forma hegemônica”, destaca.
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No segundo dia de curso foi analisada a dificuldade do capitalismo em se autoregular, apelando para a estrutura estatal em momentos de crise. San Segundo exemplifica o resultado: “Esse sistema entra em crises cíclicas que prejudicam principalmente os trabalhadores. Milhares são demitidos e acabam sem salário. Enquanto os capitalistas, se falirem as suas empresas, seguem muito ricos, com seu modo de vida garantido”.
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Participantes avaliam Formação
A estudante de história Luciana Nascimento, uma das participantes, considera que o curso esclareceu muitos pontos de interrogação. “Foi perfeito para entender o contexto em que vivemos, as crises que acontecem, o que é realmente o capitalismo”, disse, ressaltando que a Formação é adequada para organizar o papel social de cada um. “Conseguimos entender nosso próprio pensamento e a sociedade de forma mais questionadora”, conclui.
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Outro integrante da atividade, o estudante de medicina Manoel Araújo, compreende que a Formação foi fundamental para um melhor desempenho daqueles que contestam a exploração capitalista. “Foi muito bom para todo o militante que quer qualificar sua atuação. Para transformar a sociedade é essencial se formar politicamente e ter um rumo na sua atividade diária”, afirma.
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.Intervenção contracultural
O Movimento Contestação Intervenção e Resistência Cultural - a banda C.I.R.C. - também participou do curso com uma intervenção contracultural. Os integrantes da banda falaram da história dos movimentos de contracultura pelo mundo, recitaram um poema e tocaram músicas próprias de contestação política.
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“Eles explicaram a história da contracultura e como surgiu a banda. Também levaram um material com gritos de guerra da época da ditadura militar. Cada um de nós deu um grito de guerra. Foi bem legal”, conta Ana Lúcia Mohr, que participava da Formação.
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. San Segundo finalizou com uma mensagem sobre a importância da organização sindical e dos movimentos sociais, além de alertar sobre a visão da maioria das pessoas de que não há outra forma de sobrevivência senão com o capitalismo.
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“Estamos num sistema de produção que leva o planeta à destruição completa. É necessário repensar essa dominação e, principalmente, em outros modos de vida, numa sociedade dos trabalhadores, os principais produtores da riqueza, e que eles possam usufruir dessa riqueza”, argumenta.
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