Estudantes de Comunicação Social da UFPR entram em greve

Paralisação foi organizada para conquistar melhorias e reivindicar direitos dos estudantes

Reportagem DA REDAÇÃO, especial para o Comunicação On-line 
Após a assembleia que decidiu a greve, estudantes seguem mobilizados para a Reitoria da UFPR
Após a assembleia que decidiu a greve, estudantes seguem mobilizados para a Reitoria da UFPR
Estudantes barram a entrada do campus:
Estudantes barram a entrada do campus: "interditado por péssimas condições"
Os alunos de Comunicação Social da Universidade Federal do Paraná mobilizaram uma campanha no campus Juvevê (popularmente conhecido como Floresta), nomeada “Floresta de Pernas pro Ar”. Após uma assembleia, estudantes decidiram entrar em greve como forma de protesto contra uma série de medidas adotadas pela coordenação do curso. Mais equipamentos e estrutura adequada são outras reivindicações dos estudantes.
A assembleia que legitimou a paralisação ocorreu hoje pela manhã. Na sequência, os alunos seguiram até a Reitoria da UFPR, para levar as reivindicações ao reitor Zaki Akel.
Segundo a estudante Patricia Herman, membro do Centro Acadêmico de Comunicação Social, a decisão pela greve foi motivada por uma série de barreiras aos direitos dos estudantes que vêm surgindo no curso. A inserção arbitrária de pré-requisitos na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso pelos professores do Colegiado é uma das ocorrências que motivou a mobilização. De acordo com Regimento da Universidade, qualquer alteração curricular deve passar por diversas instâncias e não pode se reduzir a uma decisão do Colegiado. Essa decisão já foi revertida após protesto anterior dos alunos, mas sinaliza o costume da Coordenação e dos professores do curso de passar por cima de leis e regimentos.
Os estudantes também protestam contra a recente proibição de estágios com carga horária superior a 25 horas semanais. Quando o estágio é de seis horas diárias, por exemplo, o aluno não ganha permissão para assumir a vaga. “Isso realmente prejudica os alunos e beneficia outras universidades, porque somente o curso de vocês colocou essa proibição. Vocês acabam perdendo boas vagas em estágio para outras faculdades”, reconheceu a pró-reitora de graduação Maria Amélia, na reunião com os alunos e o reitor.
Zaki Akel e Maria Amélia também concordaram com outra reivindicação: as disciplinas TCC1 e TCC2 devem ser ofertadas em ambos os semestres, dentro da demanda dos alunos. Em Colegiado recente, foi decidido pelos professores de Comunicação Social que os estudantes que não cursaram TCC1 no primeiro semestre só seriam matriculados na disciplina no ano seguinte. “O Trabalho de Conclusão de Curso tem que ser flexível. Não faz sentido atrasar alunos que poderiam se formar seis meses antes”, disse a pró-reitora.
A greve começou hoje e deve seguir até que o máximo possível de reivindicações sejam atendidas. Amanhã continuam as manifestações em frente ao Departamento de Comunicação Social. Inicialmente, os estudantes paralisam suas atividades até a reunião da Comissão de Estágios para rever o novo regimento – essa reunião acontece amanhã, dia 18, às 14h.
Os estudantes de Comunicação Social fizeram uma lista de reivindicações. Confira:
- Por um Regimento de Estágios que contemple a necessidade dos estudantes e que seja condizente com nossa realidade;
- Pela possibilidade de cursar TCC I sem ter concluído Metodologia de Pesquisa, até alteração curricular efetiva;
- Pela possibilidade de cursar TCC I e TCC II em ambos os semestres;
- Pela resolução da questão com os professores afastados por atestado, garantindo que os estudantes possam ter o corpo docente completo;
- Pela entrega rápida e com plena possibilidade de uso da Agência de Publicidade e Propaganda;
- Pela contratação imediata de técnicos que auxiliem os estudantes na formação prática;
- Pelo calçamento e pela construção de uma entrada para pedestres no campus;
- Por uma nova pintura no prédio, reivindicada há muito tempo, com a garantia do Reitor que no começo desse ano já estaria concluída;
- Pela estrutura necessária para o acesso de cadeirantes e deficientes físicos, como rampas na entrada do prédio e dos banheiros;
- Pela colocação de bicicletário no campus;
- Por melhor iluminação e melhor segurança, principalmente para os alunos que têm aula a noite;
- Por mais e melhores equipamentos;
- Por manutenções constantes das ilhas de edição;
- Pela garantia de que os estudantes tenham acesso a todo o conteúdo pedagógico de todas as disciplinas que cursarem, contanto com a presença garantida dos professores;
- Por uma reforma curricular que não tecnicize o curso e que garanta um número menor de horas-aula optativas.

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